Mais um tapa do Seth Godin (e esse doeu)

Baseado no tempo em que a gente gasta se admirando no espelho, dando um trato nas nossas redes sociais, aquela finalizada na capa do nosso livro... dá pra se pensar que existe uma correlação entre as últimas horinhas gastas com embelezamento do nosso trabalho e os resultados que a gente tem dele.

Tem que ter... afinal, a gente gasta mais tempo se preocupando com a capa do que escrevendo o livro, mais energia respondendo aos haters do que servindo nossos melhores seguidores, mais dinheiro em base, corretivo e blush do que em comida saudável.

Mas é claro que, lendo isso, você percebe que a verdade não é essa.

Você não vai conseguir lembrar de ninguém que você começou a seguir porque a armação dos óculos dela estava em harmonia com o formato do rosto. Também não vai lembrar do último livro que você amou só porque a tipografia da capa era perfeita.

Pro polimento final, 80% do trabalho já deve ser mais que o suficiente.

Acima disso, o trabalho tá sendo só por nós mesmos, e não por aqueles que nós procuramos servir.

(Traduzido do texto do Seth Godin, que vive me esbofeteando na cara)

Eu quero!

"Eu quero"

Faz uns anos que eu ouço essa frase, quase todos os dias.

Quem acredita no lado mais místico das coisas diz que essa frase tem poder. Que o universo conspira a seu favor quando você usa o "eu quero", em voz alta. Mas o que eu mais vejo, logo depois dessa frase, é a inatividade.

Quando eu estava no Organizze, todos os dias eu recebia e-mails de usuários dizendo "eu quero mudar minha vida financeira, tô cansado de trabalhar e nunca ter dinheiro".

Literalmente, todos os dias. Milhares e milhares de lindos "eu quero", que depois são completados com:

"não deu tempo"
"quem sabe na próxima"
"sabe o que é? é que..."

A gente estava falando de algo simples: baixar um aplicativo GRÁTIS e anotar nele tudo o que você ganha e gasta. E mesmo assim, depois de dois ou três meses (ou dias), vinha a chuva de desculpas.

O "eu quero" dessas pessoas, na real, é só um "vou dizer que quero pra não sair mal na foto, mas eu prefiro deixar minha vida do jeito que está, mesmo eu achando uma merda".

Eu saí do Organizze com uma meta bem clara: educar financeiramente o maior número de pessoas que eu conseguir. E o meu canal do YouTube serve pra isso. E o blog. As palestras, eventos. E o curso Grana is Cool.

É o meu "eu quero" virando realidade.

 

E o seu?

Quanto custa o outfit DOS HATERS?

E essa tendência (parece que é moda, né?) de nos definirmos baseados no que odiamos?? Faz um teste, abre a sua timeline aí, da sua rede social favorita. Tem mais posts falando das coisas que você ama ou das que você odeia?
Desgostar faz parte. Odiar, talvez. Mas pensa aí, se não seria legal, só pra variar, aproveitar seus dias pra mostrar ao mundo as coisas que te agradam, que te fazem bem, seus sucessos e os sucessos de quem você gosta?

 

O trecho acima é um post feito no meu Facebook, do ano passado. E a ideia para ele surgiu de uma observação muito fácil de se fazer - e você mesmo pode replicar o teste, agora mesmo:

Abra sua rede social favorita e comece a rolar a página. E vá contando 100 publicações, ignorando os anúncios que aparecerem.
Destas 100 publicações, quantas são reclamações, xingamentos, repúdias ou qualquer tipo de texto, vídeo ou imagem contrário a algo?
E quantas são publicações positivas, exaltando algo que o autor se identifique ou goste?

Pois bem. Você entendeu meu ponto.

Não, não estou dizendo que devemos fingir que a vida é um mar de rosas, e que não há nada a reclamar neste mundo. Muito pelo contrário, todos sabemos de quantas coisas não andam bem da forma que nós gostaríamos, não é?

Se formos buscar na filosofia, na psicologia, na religião, no esoterismo e até em áreas da física, química e medicina, existe uma quase-unanimidade a respeito dos benefícios do pensamento positivo (motivador, causador de alegria), e dos malefícios de pensamentos negativos (destrutivos, condescendentes). Mas eu não vou entrar em nenhum destes méritos.

Meu conselho de hoje é uma simples questão prática. Real. Uma abordagem direta, na tentativa de te fazer enxergar que pensar negativamente não compensa. Escrever, menos ainda.

Vamos aos fatos:

 

Com vocês, Rebecca Black.

It's friday, friday...

Talvez você se lembre, talvez não, mas esta menina, Rebecca, lá no remoto passado de 2011, foi um “fenômeno da internet” (na falta de um termo melhor).
Aos 13 anos, Rebecca ganhou de sua mãe a produção de um clipe, de uma música chamada “Friday”.

Era a realização do sonho da menina, ter uma música gravada, um clipe com seus amigos… coisa de adolescente, né? ;)

O clipe foi lançado em 11 de Fevereiro 2011, e no primeiro mês teve pouco mais de mil visualizações no YouTube - os amigos e contatos da Rebecca, provavelmente.
Mas logo depois, ele quebrou um recorde. E outro recorde. E mais um.. um atrás do outro.

Em 11 de março, um mês depois, alguém que assistiu o clipe e não gostou.
Sei lá se foi pela composição sem muito sentido, pela produção barata, o pelo excesso de auto-tune, e resolveu postar sua indignação em um canal de piadas.

Mais gente não curtiu, e começou a compartilhar o vídeo, tirando sarro das mais variadas formas. Paródias começaram a ser feitas, e o vídeo quebrou o recorde em “não gostei” do YouTube.

De uma semana pra outra, Friday virou “o vídeo mais odiado da história”, com mais de dois milhões de “dislikes”, em suas mais de 114 milhões de visualizações (não perca de vista que o clipe era apenas o inocente presente de aniversário de uma menina de 13 anos, ok?).

Hoje, em 2018, Rebecca está com 21 anos.

E você deve imaginar que o episódio foi um grande trauma na vida da menina, certo? Provavelmente ela ainda não se recuperou do tamanho cyber-bullying e da vergonha por todo o episódio.

Só que não.

Duas semanas depois da explosão de haters, a música recebia resenhas de publicações importantíssimas, como a Rolling Stone, e um mês depois foi disponibilizado para venda no iTunes, com mais de 40.000 cópias vendidas na primeira semana - o que rendeu à Rebecca mais ou menos uns 27 mil dólares, e continuou rendendo algo em torno disso, semana após semana, por mais de um ano.

VINTE E SETE MIL DÓLARES POR SEMANA

(por esse preço, pode me odiar a vontade)

Hoje, Rebecca já participou de programas da TV americana, como atriz. Foi entrevistada mais de uma vez pela própria Rolling Stone, participou do clipe da Katy Perry, lançou disco, e é uma YouTuber com mais de 1 milhão de inscritos em seu canal.

 

Rebecca, aos 21, antes de ir pra cerimônia do Billboard Music Awards

Segundo ela mesma: “estou vivendo meu sonho”.

 

O tiro saiu pela culatra

Sabe quem realizou o sonho de Rebecca? Adivinha quem??
Todos aqueles que não gostaram do seu clipe. Que puseram força e energia para expôr “tamanho ridículo”, dizendo que a menina não sabia cantar, atuar, ou seja lá do que reclamavam.

Quer um exemplo? Dá uma olhada nestas “10 razões para odiar Rebecca Black”: https://www.thetoptens.com/reasons-hate-rebecca-black/

E isso acontece todo dia.

Se você conhece um rapazinho chamado “Justin Bieber”, pode procurar pela história dele, e vai ver que grande parte do sucesso de seu primeiro single vem justamente de quem não gostava dele (9 milhões de “não gostei”).

Quase dois bilhões de pessoas viram este vídeo. E tudo começou com os que odiaram...

 

Quer outro exemplo? Um tal de “Donald Trump”, que resolveu se candidatar à presidência do país mais poderoso do mundo, e virou alvo de chacotas por parte da mídia, apresentadores, atores e atrizes. E parece que o jogo virou, não é, queridinha?

Aliás, o próximo presidente do Brasil pode ser eleito por culpa de quem o odeia, sabia??

Entende onde eu quero chegar?

Propagar sua raiva, indignação ou seu desgosto por algo simplesmente NÃO ADIANTA NADA.

Aliás, adianta, sim. Você vai ajudar mais alguém a ter contato com aquilo que você não gosta, e correr o risco de gostar, passar a amar, e mostrar para mais 100 pessoas que vão, igualmente, amar. Vai adiantar muito.

Quer um exemplo local? Brazuca? Eu deixo este vídeo pra você assistir: http://bit.ly/outfithaters

Com certeza você ficou sabendo do vídeo “Quanto custa o Outfit", né?.

Me conta aí: foi por alguém que gostou do vídeo ou por alguém que odiou?

Entendeu meu ponto, né?

Que tal, então, você começar a propagar aquilo que você ama, e simplesmente ignorar o que odeia?

Ciência à parte… é só uma questão de lógica.

Um abraço!

Vamos falar sobre mim

Resolvi falar um pouco de mim mesmo
Pra variar um pouquinho
Afinal, eu sempre falo dos outros, e os sei descrever tão bem
Então, que tal uma descrição minha?

Este sou eu: brasileiro, mas de descendência europeia.
Aliás, ainda mantenho os traços dos meus ancestrais: por várias vezes já fui confundido com um "local", nos meus passeios pela Europa.
Tenho a pele branca, mas que ganha um bronzeado saudável nos primeiros contatos com o sol.
Já passei dos trinta, e minha saúde é de ferro. Não sei o que é ficar gravemente doente ou visitar um hospital por mais de meia hora.
Provavelmente, graças à minha boa alimentação e cuidados com o sono, e o acompanhamento constante de médicos e nutricionistas, claro.

Tenho 1,85 de altura, cabelos lisos e claros, e frequentemente sou elogiado pela bela cor azul dos meus olhos.
Por falar em elogios, estes nunca me faltaram, seja pela aparência física ou intelecto.
Aparência física nunca foi um problema para mim: sempre tive um corpo magro, com tendência a ressaltar meus músculos, que ganho com facilidade.
E poder comer de tudo, inclusive pizza e hambúrguer, sem engordar, também ajuda!
Sempre fui destaque em esportes, na escola, e coleciono medalhas de várias modalidades que já competi.

Ter destaque, aliás, é algo que eu me acostumei desde cedo. 

Minha eloquência também colaborou pra que eu sempre fosse alçado a posições de liderança nos trabalhos de escola ou faculdade.
Intelectualmente, posso dizer que estou melhor a cada dia.
Fui educado em escola bilíngue, sendo fluente em três idiomas aos 14. Aos 20, já falava seis línguas.
Viajar o mundo também ajudou. Além das varias visitas à Disney na infância, hoje conheço a cultura e costumes de mais de 20 países.
Entrei para minha primeira faculdade precocemente, aos 16, e hoje me preparo para o meu primeiro pós-doutorado, já sendo graduado com honras na melhor universidade da Europa.

Dinheiro nunca foi um problema.

Além de fazer parte de mais uma geração de uma família abastada, por parte de pai e mãe, logo cedo meus primeiros empreendimentos deram muito certo, e aos 21 já havia vendido minha primeira empresa por mais de dez milhões.
Adoro festas, e é com a minha diversão que mais invisto meu dinheiro.
Posso ser visto frequentemente em colunas sociais do mundo todo, devido aos meus hábitos de não economizar com a minha própria diversão.
Ou também, pelo meu outro hábito, de namorar modelos internacionais.
Apesar de festeiro, também sou ligado a trabalho, e passo todo o restante do meu tempo (quando não estou em festas) investindo em empresas e multiplicando meu patrimônio.

Amo minha família.
Sou filho único, fruto de um casamento longo e feliz.
Aliás, minhas cinco gerações anteriores foram todas assim: casamentos longos e felizes, e a média de idade dos meus antepassados é de quase 100 anos.

Esta é a minha vida, resumida. 

E aí? Já me odeia? 
Se sim.. é hora de se perguntar os porquês, e fazer uma análise de consciência.