Seja um bosta

O dia em que eu discordei da Nathalia Arcuri

Eu comecei a trabalhar muito cedo, aos 14 anos. Numa locadora de fitas de videogame. De lá pra cá, já passei por (bem) mais de 15 empresas, nos mais variados cargos e funções.

Foram tantas coisas diferentes, que eu tenho certeza que nem a Aline (minha esposa) sabe de todos os lugares por onde eu passei.

O bacana de se passar por tantos trabalhos diferentes, em áreas e setores da economia diferentes, em diversas cidades e com vários tipos de pessoas, é que isso acaba com as generalizações vazias. Aquela coisa de “na minha área é diferente”, “na minha área as pessoas são complicadas”.

Isso tudo cai por terra, quando você vê que as pessoas são, em essência, iguais. Independente de geografia, idade, escolaridade.

Somos serzinhos cheios de medos, conceitos pré-estabelecidos, dogmas,
tabus e, sobretudo, preguiçosos e procrastinadores.

Todos nós.

E, acima de tudo, todos nós temos um certo senso de “eu sou diferente” - para o bem ou para o mal. Fruto dos vieses cognitivos implantados lá no fundo do nosso cérebro animal.

 
 

Os mais seguros de si tendem a achar que são os únicos (ou um dos poucos) capazes daquilo que fazem, que pensam e agem daquela forma.

Os mais pessimistas e auto-críticos tendem a se menosprezar… e achar que o resto do mundo é melhor:

- Eu sou muito procrastinador

- Sou péssimo em cumprir horários

- Sou muito ruim em matemática

- Tenho muita preguiça

E por aí vai.

 

Uma notícia, caso você faça parte deste segundo grupo:

Todo mundo é assim.

Bom… nem todo mundo. Alguns em maior ou menor grau, não tem alguns desses “defeitos” listados. Mas, com certeza, têm outros tantos defeitos… só que você não os enxerga.

Em um desses muitos empregos que tive, um me marcou muito, por ser a primeira empresa de porte maior que trabalhei. Era uma indústria metalúrgica, que produzia torres de telecomunicação e energia. Na época, era a maior do setor, no país.

Lá eu fui estagiário, me dividindo entre os setores de RH e Controle de Qualidade, e foi neste último que eu tive meu primeiro contato com muitas técnicas de liderança, administração de times, performance e todos esses nomezinhos bonitos que adoram repetir em corporações mundo afora.

A empresa investia pesado nisso, promovia palestras com grandes nomes do Brasil, dava treinamentos constantes e se comunicava muito fortemente sobre sua busca pela alta performance.

O ano era 1998, pré-popularização da internet como conhecemos hoje. Ter acesso a esses conteúdos era difícil, raro e caro. E eu, com 16/17 anos, me sentia no céu com toda aquela riqueza de frases bonitas que, eu admito, fazia muito sentido.

Uma das máximas que eu ouvia, na época, era a do “profissional balanceado”. Aquele que tinha boas performances em todas as áreas profissionais, que era o orgulho dos auditores da ISO9000 e do 5S (alguém lembra deles?). E eu absorvi isso.

Durante anos e anos, mesmo depois de ter saído de lá, eu segui buscando esse tal “balanceamento”. Qualquer deficiência em alguma área profissional, qualquer performance que me fazia me sentir “um bosta” era motivo de uma certa ansiedade e uma busca pra diminuir aquela deficiência.

Saindo daquela empresa fui trabalhar em uma indústria gráfica. E minha maior função lá era ser criativo. Quanto mais ideias novas eu trouxesse, mais lucrativo o negócio era. Quanto mais eu me especializasse nos softwares que eu usava, melhor seria.

Mas, ao invés disso, aquele pensamento enraizado em dois anos de muitas palestras, seminários, livros e cursos me fazia ignorar a necessidade da criatividade e lutar, por exemplo, para ser um profissional mais organizado, tentando criar sistemas para organizar os papéis e revistas que se acumulavam na minha mesa e eram meu material-fonte para a criatividade.

Entende?

Ao invés de focar em ser ainda melhor em algo que eu já era bom,
eu desperdiçava muito esforço vital em tentar ser “médio” em coisas que eu era ruim.

E sabe o que isso gera, no fim das contas? Um profissional “musiquinha de elevador”. Extremamente mediano.

Aquele que é bom… agrada… mas não tem nada de especial.

Fazendo um salto no tempo, vinte anos para o futuro, com muitas experiências acumuladas e ZERO vontade de dar ouvidos aos tais consultores dos anos 90, aqui estou eu, focando só nas coisas que eu sei que faço bem, que gosto de fazer, e ignorando veementemente qualquer deficiência minha. Se eu sou ruim em algo, só tenho três opções: terceirizo, não faço ou peço desculpas. Mas não passo um só minuto me lamentando por não ser melhor.

Ninguém pode ser bom em tudo.

E, no começo deste ano, um bom amigo resolveu se mudar para o Japão.

E o Japão, você deve saber, não é “logo ali”. Provavelmente vou ficar longos anos sem rever o tal amigo… ou talvez nem tenha mais a chance de reencontra-lo.

Como Guarulhos (onde ele morava antes de se mudar) é muito mais perto que o Japão, é claro que eu precisava reencontra-lo pessoalmente antes da mudança. Combinamos com mais um amigo em comum, que viria de Campinas, para batermos um longo papo e tomarmos um café, como forma de despedida.

Eu, recém chegado à São Paulo, é claro que errei nos cálculos de tempo que levaria para chegar até a cidade vizinha, e me atrasei. E meus amigos tiveram que me esperar por lá, por meia hora a mais do que o combinado.

Pontualidade já não é meu forte. Não atraso por vontade própria, mas não tenho esse “instinto” e essa necessidade maluca de ser precisamente pontual em tudo. Mas este atraso, por todos os fatores especiais envolvidos, me causou um certo incômodo, uma certa ansiedade, durante todo o caminho entre São Paulo e Guarulhos.

Durante o trajeto do trem (que demorou MUITO) eu resolvi assistir a alguns vídeos no YouTube, pra relaxar. Coincidência ou não, um dos primeiros vídeos que me aparece é um da Nathalia Arcuri, onde ela falava sobre pontualidade.

E a abordagem dela (que deve ter suas razões pra isso) foi extremamente condenatória a atrasos.

- “Seja pontual”, ela dizia enfaticamente. “Atrasos são intoleráveis”, etc etc

Claro que a Nath se referia ao universo profissional, e não um café entre amigos (espero eu). Mas o assunto me fez refletir e ponderar.

E com um adendo importante: gosto muito da Nathalia e não tenho absolutamente nada contra ela. Tive a oportunidade de conhece-la quando eu era CEO da Organizze, e ela começava seu canal do YouTube, que hoje é muito famoso. Um amor de pessoa! A discordância aqui é de OPINIÃO, somente.

Voltando ao assunto… durante aquela hora do trajeto do trem, pude pensar a respeito do “defeito” da impontualidade, e de tantos outros “defeitos”.

E pensei a respeito de mim mesmo… se eu realmente não deveria me esforçar mais para ser mais pontual. E quais seriam as consequências do meu atraso, naquele ou em outros dias.

E te convido a pensar comigo a este respeito.

Vamos imaginar duas situações hipotéticas:

1) Na segunda feira, você combina com um colega de trabalho que vão conversar sobre um assunto de trabalho. Algo chato, mas que precisa ser resolvido. E você combinam às 16h, na sala de reuniões. E ele atrasa, chegando às 16:15.

Te fez esperar, atrasar seu próximo compromisso ou ter que apressar o papo com ele… um saco, não? Seu colega é um bosta, “atrasildo”, sem compromisso, não é?

É claro que você faz questão de demonstrar sua insatisfação, até verbalmente. Quem sabe, acontece até uma discussão entre vocês, não é? Nada mais justo. Onde já se viu, te fazer esperar tanto?

2) Na terça, durante o almoço, você recebe a notícia que o seu maior ídolo da música ou do cinema vai aparecer no seu escritório, às 16h, e quer ser atendido POR VOCÊ. Que honra, não?? Pensa aí… seu maior ídolo! Ou até, melhor… seu crush famoso. Pode ser a Jennifer Aniston, o Liam Hemsworth, a Angelina Jolie, o Brad Pitt… quem você quiser.

Mas ele se atrasa.

Muito.

E chega às 17h30. Uma hora e meia de atraso!

Qual será a sua reação? Vai fazer cara feia para ele? Dar uma bronca?

Humm…

Entende a diferença? Provavelmente você receberia a pessoa com um sorriso, e ainda diria “Imagina!! Nem notei que o tempo passou…”

Esses defeitinhos, como a impontualidade, só são percebidos e sentidos quando a pessoa em questão não tem tanta importância assim, pra você. É duro dizer assim, mas é verdade.

Estamos sempre prontos - ou, mais do que prontos, predispostos - a “perdoar” os defeitos de quem tem outras qualidades mais importantes para nós.
Naquela ocasião do café, em Guarulhos, eu me imaginei no lugar dos meus amigos. Se fosse eu a esperar por eles.

E, sabe o quê? Problema nenhum. Gosto tanto deles, são companhias tão agradáveis, que eu esperaria por toda a tarde, se fosse necessário.
Porque eles são BONS em outros quesitos: bom papo, boas risadas, excelentes companhias, inteligentes - eles simplesmente não precisam ser pontuais. A parte boa compensa.

Voltando ao lado profissional, pensa aí: no que você é realmente BOM? Qual é o seu ponto que pode compensar pequenos defeitos, a ponto de que você possa ignora-los completamente (e também ignorar as pessoas que se importam com esses defeitos)?

Compense suas pequenas fraquezas sendo bom. No sentido amplo. Bom no que faz, bom pra os outros. Bom em coisas que você vê sentido, e que fazem você se sentir bem.

Eu, por exemplo, não sentiria nenhum orgulho em ser conhecido como “olha, como o Leandro é organizado!” ou “vejam todos, como ele é pontual!”.
São duas qualidades que eu não prezo, não procuro. Porque eu teria que passar meus dias lutando para que outras pessoas falem isso de mim??

Se você quer saber alguns detalhes sobre mim, este sou eu:

Pontual? Não. Nem um pouco. Tento ser uma companhia agradável, aquela que não faz diferença se você precisa esperar por alguns minutos. No trabalho, tento ser aquela pessoa que traz tantas coisas boas, que vale a pena esperar uns minutos.

Organizado? Xiii… Não. Mas o trabalho que eu entrego tem sempre muito mais elogios que críticas, e eu não entrego nada sem ter a certeza que é o melhor que eu faria pra mim mesmo.

Consistente? Pelo contrário. Procrastinador ao extremo. Mas extremamente criativo, que sempre acha uma solução para problemas e que entrega mais que o esperado, sempre.


Nem todo mundo é igual.
Ninguém é perfeito.
Ninguém é bom em tudo.


Por outro lado, se você é um “pé no saco”, uma companhia desagradável, melhor que seja pontual e rápido, mesmo. Não é bom ter sua presença por muito tempo, e se torna insuportável esperar por você.

Seu trabalho é desleixado e só o mínimo necessário? É melhor que seja consistente e organizado, então. Pelo menos não dá muito trabalho e não polui o visual da empresa.

Seja bom, que o resto compensa!

Ari, o grande.

Aristóteles, aquele lá da Grécia, há mais de 2.300 anos, dizia que:

“o homem adquire virtude pela repetição dos hábitos”.

Grande cara, esse Ari.

Já parou pra pensar sobre o que ele estava falando? Pensa aí.

Seu caráter é definido pelos seus valores. E seus valores são resultado do seu comportamento.

Por exemplo: se o seu comportamento é sempre dizer a verdade, você adquire a verdade como um valor. E aí, você se torna uma pessoa honesta (caráter).

Não dá pra inverter isso, né? Você começa dizendo pra si mesmo (e para os outros) que é honesto, e aí, um dia, começa a enxergar a verdade como um valor. E depois disso, como mágica, você para de dizer as mentirinhas e começa a falar a verdade.

Não dá.

Comportamento sempre vem primeiro, mesmo que ele ande na contramão do caráter.


O Ari concordava comigo (haha). Ele dizia que não existe a tal “virtude inata”. Aquele ser humano que simplesmente “nasce iluminado”, que já é virtuoso desde o berço.

Pra ele (e pra mim), o caráter é construído pela repetição dos atos. Os atos geram hábitos (que ele chamava de “costumes”), e os hábitos viram virtudes. As “virtudes de caráter” são desenvolvidas pela educação, prática e hábito.

Curioso, né?

Educação, prática e hábito.

Você aprende algo, lendo um livro, vendo um vídeo ou fazendo um curso.

Você coloca o conhecimento em prática, testando aquilo que aprendeu, falhando, começando de novo, testando.

Você repete a prática com consistência, todo santo dia, sem dar desculpas, até que aquilo vire parte de você.

Basicamente, são só essas 3 coisas que separam quem você é hoje de quem você quer ser.

Não é uma fórmula mágica, é um processo repetitivo, cansativo e, muitas vezes, bem chato, esse de mudar. Mas é o jeitinho que funciona desde 300 a.C. - provavelmente vai funcionar pra você também.



- - 


E ainda sobre o Ari… ele dizia uma outra coisa, bem bacana:

“das virtudes não se deve desviar nem por defeito, nem por excesso, pois a virtude consiste na justa medida: longe dos dois extremos”.


O Ari sabia das coisas.

Eu quero!

"Eu quero"

Faz uns anos que eu ouço essa frase, quase todos os dias.

Quem acredita no lado mais místico das coisas diz que essa frase tem poder. Que o universo conspira a seu favor quando você usa o "eu quero", em voz alta. Mas o que eu mais vejo, logo depois dessa frase, é a inatividade.

Quando eu estava no Organizze, todos os dias eu recebia e-mails de usuários dizendo "eu quero mudar minha vida financeira, tô cansado de trabalhar e nunca ter dinheiro".

Literalmente, todos os dias. Milhares e milhares de lindos "eu quero", que depois são completados com:

"não deu tempo"
"quem sabe na próxima"
"sabe o que é? é que..."

A gente estava falando de algo simples: baixar um aplicativo GRÁTIS e anotar nele tudo o que você ganha e gasta. E mesmo assim, depois de dois ou três meses (ou dias), vinha a chuva de desculpas.

O "eu quero" dessas pessoas, na real, é só um "vou dizer que quero pra não sair mal na foto, mas eu prefiro deixar minha vida do jeito que está, mesmo eu achando uma merda".

Eu saí do Organizze com uma meta bem clara: educar financeiramente o maior número de pessoas que eu conseguir. E o meu canal do YouTube serve pra isso. E o blog. As palestras, eventos. E o curso Grana is Cool.

É o meu "eu quero" virando realidade.

 

E o seu?

Quanto custa o outfit DOS HATERS?

E essa tendência (parece que é moda, né?) de nos definirmos baseados no que odiamos?? Faz um teste, abre a sua timeline aí, da sua rede social favorita. Tem mais posts falando das coisas que você ama ou das que você odeia?
Desgostar faz parte. Odiar, talvez. Mas pensa aí, se não seria legal, só pra variar, aproveitar seus dias pra mostrar ao mundo as coisas que te agradam, que te fazem bem, seus sucessos e os sucessos de quem você gosta?

 

O trecho acima é um post feito no meu Facebook, do ano passado. E a ideia para ele surgiu de uma observação muito fácil de se fazer - e você mesmo pode replicar o teste, agora mesmo:

Abra sua rede social favorita e comece a rolar a página. E vá contando 100 publicações, ignorando os anúncios que aparecerem.
Destas 100 publicações, quantas são reclamações, xingamentos, repúdias ou qualquer tipo de texto, vídeo ou imagem contrário a algo?
E quantas são publicações positivas, exaltando algo que o autor se identifique ou goste?

Pois bem. Você entendeu meu ponto.

Não, não estou dizendo que devemos fingir que a vida é um mar de rosas, e que não há nada a reclamar neste mundo. Muito pelo contrário, todos sabemos de quantas coisas não andam bem da forma que nós gostaríamos, não é?

Se formos buscar na filosofia, na psicologia, na religião, no esoterismo e até em áreas da física, química e medicina, existe uma quase-unanimidade a respeito dos benefícios do pensamento positivo (motivador, causador de alegria), e dos malefícios de pensamentos negativos (destrutivos, condescendentes). Mas eu não vou entrar em nenhum destes méritos.

Meu conselho de hoje é uma simples questão prática. Real. Uma abordagem direta, na tentativa de te fazer enxergar que pensar negativamente não compensa. Escrever, menos ainda.

Vamos aos fatos:

 

Com vocês, Rebecca Black.

It's friday, friday...

Talvez você se lembre, talvez não, mas esta menina, Rebecca, lá no remoto passado de 2011, foi um “fenômeno da internet” (na falta de um termo melhor).
Aos 13 anos, Rebecca ganhou de sua mãe a produção de um clipe, de uma música chamada “Friday”.

Era a realização do sonho da menina, ter uma música gravada, um clipe com seus amigos… coisa de adolescente, né? ;)

O clipe foi lançado em 11 de Fevereiro 2011, e no primeiro mês teve pouco mais de mil visualizações no YouTube - os amigos e contatos da Rebecca, provavelmente.
Mas logo depois, ele quebrou um recorde. E outro recorde. E mais um.. um atrás do outro.

Em 11 de março, um mês depois, alguém que assistiu o clipe e não gostou.
Sei lá se foi pela composição sem muito sentido, pela produção barata, o pelo excesso de auto-tune, e resolveu postar sua indignação em um canal de piadas.

Mais gente não curtiu, e começou a compartilhar o vídeo, tirando sarro das mais variadas formas. Paródias começaram a ser feitas, e o vídeo quebrou o recorde em “não gostei” do YouTube.

De uma semana pra outra, Friday virou “o vídeo mais odiado da história”, com mais de dois milhões de “dislikes”, em suas mais de 114 milhões de visualizações (não perca de vista que o clipe era apenas o inocente presente de aniversário de uma menina de 13 anos, ok?).

Hoje, em 2018, Rebecca está com 21 anos.

E você deve imaginar que o episódio foi um grande trauma na vida da menina, certo? Provavelmente ela ainda não se recuperou do tamanho cyber-bullying e da vergonha por todo o episódio.

Só que não.

Duas semanas depois da explosão de haters, a música recebia resenhas de publicações importantíssimas, como a Rolling Stone, e um mês depois foi disponibilizado para venda no iTunes, com mais de 40.000 cópias vendidas na primeira semana - o que rendeu à Rebecca mais ou menos uns 27 mil dólares, e continuou rendendo algo em torno disso, semana após semana, por mais de um ano.

VINTE E SETE MIL DÓLARES POR SEMANA

(por esse preço, pode me odiar a vontade)

Hoje, Rebecca já participou de programas da TV americana, como atriz. Foi entrevistada mais de uma vez pela própria Rolling Stone, participou do clipe da Katy Perry, lançou disco, e é uma YouTuber com mais de 1 milhão de inscritos em seu canal.

 

Rebecca, aos 21, antes de ir pra cerimônia do Billboard Music Awards

Segundo ela mesma: “estou vivendo meu sonho”.

 

O tiro saiu pela culatra

Sabe quem realizou o sonho de Rebecca? Adivinha quem??
Todos aqueles que não gostaram do seu clipe. Que puseram força e energia para expôr “tamanho ridículo”, dizendo que a menina não sabia cantar, atuar, ou seja lá do que reclamavam.

Quer um exemplo? Dá uma olhada nestas “10 razões para odiar Rebecca Black”: https://www.thetoptens.com/reasons-hate-rebecca-black/

E isso acontece todo dia.

Se você conhece um rapazinho chamado “Justin Bieber”, pode procurar pela história dele, e vai ver que grande parte do sucesso de seu primeiro single vem justamente de quem não gostava dele (9 milhões de “não gostei”).

Quase dois bilhões de pessoas viram este vídeo. E tudo começou com os que odiaram...

 

Quer outro exemplo? Um tal de “Donald Trump”, que resolveu se candidatar à presidência do país mais poderoso do mundo, e virou alvo de chacotas por parte da mídia, apresentadores, atores e atrizes. E parece que o jogo virou, não é, queridinha?

Aliás, o próximo presidente do Brasil pode ser eleito por culpa de quem o odeia, sabia??

Entende onde eu quero chegar?

Propagar sua raiva, indignação ou seu desgosto por algo simplesmente NÃO ADIANTA NADA.

Aliás, adianta, sim. Você vai ajudar mais alguém a ter contato com aquilo que você não gosta, e correr o risco de gostar, passar a amar, e mostrar para mais 100 pessoas que vão, igualmente, amar. Vai adiantar muito.

Quer um exemplo local? Brazuca? Eu deixo este vídeo pra você assistir: http://bit.ly/outfithaters

Com certeza você ficou sabendo do vídeo “Quanto custa o Outfit", né?.

Me conta aí: foi por alguém que gostou do vídeo ou por alguém que odiou?

Entendeu meu ponto, né?

Que tal, então, você começar a propagar aquilo que você ama, e simplesmente ignorar o que odeia?

Ciência à parte… é só uma questão de lógica.

Um abraço!

Vamos falar sobre mim

Resolvi falar um pouco de mim mesmo
Pra variar um pouquinho
Afinal, eu sempre falo dos outros, e os sei descrever tão bem
Então, que tal uma descrição minha?

Este sou eu: brasileiro, mas de descendência europeia.
Aliás, ainda mantenho os traços dos meus ancestrais: por várias vezes já fui confundido com um "local", nos meus passeios pela Europa.
Tenho a pele branca, mas que ganha um bronzeado saudável nos primeiros contatos com o sol.
Já passei dos trinta, e minha saúde é de ferro. Não sei o que é ficar gravemente doente ou visitar um hospital por mais de meia hora.
Provavelmente, graças à minha boa alimentação e cuidados com o sono, e o acompanhamento constante de médicos e nutricionistas, claro.

Tenho 1,85 de altura, cabelos lisos e claros, e frequentemente sou elogiado pela bela cor azul dos meus olhos.
Por falar em elogios, estes nunca me faltaram, seja pela aparência física ou intelecto.
Aparência física nunca foi um problema para mim: sempre tive um corpo magro, com tendência a ressaltar meus músculos, que ganho com facilidade.
E poder comer de tudo, inclusive pizza e hambúrguer, sem engordar, também ajuda!
Sempre fui destaque em esportes, na escola, e coleciono medalhas de várias modalidades que já competi.

Ter destaque, aliás, é algo que eu me acostumei desde cedo. 

Minha eloquência também colaborou pra que eu sempre fosse alçado a posições de liderança nos trabalhos de escola ou faculdade.
Intelectualmente, posso dizer que estou melhor a cada dia.
Fui educado em escola bilíngue, sendo fluente em três idiomas aos 14. Aos 20, já falava seis línguas.
Viajar o mundo também ajudou. Além das varias visitas à Disney na infância, hoje conheço a cultura e costumes de mais de 20 países.
Entrei para minha primeira faculdade precocemente, aos 16, e hoje me preparo para o meu primeiro pós-doutorado, já sendo graduado com honras na melhor universidade da Europa.

Dinheiro nunca foi um problema.

Além de fazer parte de mais uma geração de uma família abastada, por parte de pai e mãe, logo cedo meus primeiros empreendimentos deram muito certo, e aos 21 já havia vendido minha primeira empresa por mais de dez milhões.
Adoro festas, e é com a minha diversão que mais invisto meu dinheiro.
Posso ser visto frequentemente em colunas sociais do mundo todo, devido aos meus hábitos de não economizar com a minha própria diversão.
Ou também, pelo meu outro hábito, de namorar modelos internacionais.
Apesar de festeiro, também sou ligado a trabalho, e passo todo o restante do meu tempo (quando não estou em festas) investindo em empresas e multiplicando meu patrimônio.

Amo minha família.
Sou filho único, fruto de um casamento longo e feliz.
Aliás, minhas cinco gerações anteriores foram todas assim: casamentos longos e felizes, e a média de idade dos meus antepassados é de quase 100 anos.

Esta é a minha vida, resumida. 

E aí? Já me odeia? 
Se sim.. é hora de se perguntar os porquês, e fazer uma análise de consciência.

Pessoas de estimação

Do ponto de vista moral, seres humanos são falhos. Talvez, porque a moral seja justamente um ponto de vista unicamente humano. Mas, enfim... São falhos, defeituosos.

Assim sendo, é perigoso demais eleger alguns humanos como "pessoas de estimação". 

Sabe do que tô falando, né? Não é transformar uma pessoa num pet, seu besta. E sim, eleger uma pessoa como perfeita, como um modelo à prova de falhas. 

O caminho para a decepção, neste caso, é certeiro.  

Seres humanos tem momentos de brilhantismo, e estes devem ser admirados, sim! Mas é, no mínimo, "inteligente" lembrar que a mesma pessoa que pratica um ato brilhante pode ter seus lados obscuros. E vice-versa!

O lado obscuro não tira o mérito do ato brilhante.  

O ato brilhante não apaga as falhas.  

 

Admirar os atos de alguém é diferente de idolatra-lo.  Julgar alguém idiota não quer dizer que nada bom saia dele. 

O mundo anda te desagradando?

Antes de termos internet, era mais raro nos depararmos com ideias contrárias às nossas.
Afinal, nós sempre escolhemos nossos círculos de amizade entre os nossos "comuns". Na escola, formávamos as "tribos" (isso é TÃO anos 90), de acordo com os gostos musicais, esporte ou estilos de vestir, e simplesmente ignorávamos os que não fossem iguais a nós. 

E vieram as redes sociais. 
O gosto musical do outro é jogado na nossa cara. Sua visão política, social, econômica. Tudo é tão próximo, tão real e tão explícito, e você não tem como fugir disso.

Diante disso, muitos seguem por dois caminhos distintos: os que se aproveitam dessas diferenças para construir valor, crescerem e serem maiores, mais fortes e mais completos. 
E os que agem como um animalzinho acuado, com medo: se escondem na casinha e latem o mais alto que podem. 

Tá tudo errado!

A letra da música tá errada.
As piadas, erradas.
O salário da Marta tá errado. 
O do Neymar também.
O Neymar, aliás, tá errado se ganha ou se perde.
A hamburgueria da Bel Pesce tá errada.
O presunto da Sadia tá errado.
O rapaz que pede ajuda tá errado.
E quem ajuda, também.
A Cléo Pires tá errada. 
A campanha tá errada. 
Close errado. 
A funkeira tá errada.
A banda de rock que se reuniu, tá errada. 
O disco novo deles, errado também.
O carnívoro tá errado.
O vegano tá errado, também. 

Este meu texto tá errado. Muito errado. 
Só você, pelo contrário, que está certo, né? 

Seu “Caga-regras”. 

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O x da questão (ou: o mundo tá difícil?)

acorde um pouco mais cedo
tome um banho um pouco mais frio
ligue pra um cliente a mais
escreva uma linha a mais
durma um pouco mais cedo
uma série a mais de agachamentos
cem metros a mais
pense um pouco mais
fique em silêncio, um segundo a mais
um capítulo a mais
um livro a mais
conheça-se um pouco mais
trabalhe uma hora a mais
deixe de fazer mais uma reclamação
enfrente um medo a mais
mais um beijo
mais um elogio
um minuto a mais
uma hora a mais
1% a mais
faça mais do que te faz bem
todos os dias

"não é o mundo que está duro.
é você que está mole"

Como "destravar" sua força de vontade

Nada como uma boa confissão, pra tentar livrar-se do peso de algo ruim guardado dentro de si. 

Eu cresci numa família católica. E uma das bases, aparentemente, de muitas vertentes do cristianismo é a confissão para remissão dos pecados. Pra quem não conhece o ritual do confiteor ("eu confesso", em latim), eu explico: 

Basicamente, trata-se de um momento de oração reflexiva. Ao invés de somente repetir uma reza tradicional, decorada, a igreja incute o fiel a meditar sobre seus próprios erros e falhas e, ao final disso, aí sim, repetir um texto tradicional que, em resumo, traz a culpa dos seus pecados para si mesmo. A expressão usada em latim, aliás, saiu da religião e hoje é usada pra várias coisas, e você já deve ter ouvido em algum lugar: "mea culpa". 

Não, não quer dizer MEIA culpa, como muitos usam por aí. "Fazer um mea culpa" é justamente admitir a culpa INTEIRA.

Aliás, na oração original, em latim, os fiéis batiam três vezes no peito, repetindo: 

mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa
(minha culpa, minha culpa, culpa toda minha) 

 

Segundo o cristianismo, somente o arrependimento pode trazer a evolução do espírito e a aproximação com a divindade. E para se arrepender, você precisa admitir que a culpa é sua, não é? 

Religião à parte, e por mais estranho que possa parecer àqueles que não seguem nenhuma religião (ou seguem outra diferente do catolicismo), essa prática do mea culpa pode te ajudar muito. E não se trata de nada religioso ou espiritual.

Trata-se de lógica, auto-conhecimento e, sobretudo, uma mudança positiva no modo de enfrentar o dia-a-dia. 

Pense comigo, fazendo um mea culpa: neste momento, na sua vida, dentro de tudo que te acontece, o que você tem, o que você sabe e tudo mais, o que NÃO é culpa inteiramente sua? 

Se a resposta for "nada é culpa minha", talvez você precise re-pensar. 

 
O homem superior atribui a culpa a si mesmo. O homem comum atribui aos outros. 
(Confúcio)

 

Hoje cedo, enquanto escrevia meu 'diário de 5 minutos', esta reflexão bateu forte. Eu pensava justamente sobre meus projetos, minhas falhas. 

Eu já admiti publicamente, no meu primeiro vídeo. Eu sou um procrastinador. Mea maxima culpa. 

O que me faz vencer isso, todos os dias, é simplesmente adotar alguns métodos, tentar driblar a mim mesmo e ao meu "piloto automático procrastinador", e simplesmente fazer as coisas. E mesmo assim, frequentemente eu acabo com algumas tarefas entulhadas, acumuladas. 

E por mais que seja gostoso e reconfortante jogar a culpa nos outros, pelo meu acúmulo de tarefas, a culpa é toda minha. 

Acumulo gera pendência, e pendência gera travamento. E o primeiro passo para seguir em frente é se livrar das pendências, que funcionam como âncoras. Se você tem 20 tarefas pela frente, realizar uma ou duas só te faz sentir mais impotente. Ao final delas, você ainda tem 18 ou 19 tarefas pela frente e a sensação de "não consegui fazer nada". 

Vou bater nesta tecla novamente: livre-se das pendências. Em negrito, itálico, com fonte grande e centralizado, pra ter mais impacto: 

Livre-se das pendências

 

A culpa de ter pendências é toda sua. Não do seu chefe. Não dos seus pais, seus filhos ou sua esposa. É das suas escolhas. Pode parecer cruel, mas é libertador viver assim. Pratique o mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa

Admitir que a culpa é sua por tudo que acontece na sua vida é mágico: destrava sua força de vontade. Quando você não tem mais em quem jogar a responsabilidade, só te resta sacudir a poeira e seguir em frente, com culpa e tudo. Vai lá, tenta!

 

E pra não dizer que te fiz pensar e te deixei na mão, terminei o texto sem nenhuma dica prática, aí vai: 

Prioridade não tem plural. Se você tem duas, tem nenhuma.

Defina UMA SÓ, e só pare quando conclui-la. Aí sim, defina a próxima e repita a operação.

Simples e difícil. 

 

 

Nota: pra quem quiser ler mais sobre a filosofia por trás deste tipo de pensamento, procure no Google por Sêneca, ou por estoicismo. Muita gente já escreveu sobre isso, inclusive alguns autores brasileiros, mas estas são minhas fontes favoritas.
Se quiser uma fonte "religiosa" sobre o assunto, mesmo discordando ou não sendo adepto ao espiritismo, eu recomendo a filosofia de Chico Xavier

Lembre-se de que você mesmo é o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seus ideais, a mais clara demonstração de seus princípios, o mais alto padrão do ensino superior que seu espírito abraça e a mensagem viva das elevadas noções que você transmite aos outros. Não se esqueça, igualmente, de que o maior inimigo de suas realizações mais nobres, a completa ou incompleta negação do idealismo sublime que você apregoa, a nota discordante da sinfonia do bem que pretende executar, o arquiteto de suas aflições e o destruidor de suas oportunidades de elevação - é você mesmo. (Chico Xavier) 

Um bilhão de explosões

"O Big Bang foi uma grande explosão"
"Foram desviados 55 bilhões de reais"
"Quinhentas mil pessoas fizeram um protesto"

Não, este não é um artigo sobre astrofísica.
Muito menos sobre política.

O que estas frases têm em comum, além de serem repetições constantes na nossa vida, nos dias atuais?

Eu mesmo respondo: todos eles envolvem grandezas que não estamos acostumados a lidar. Aliás, são grandezas tão diferentes, pra todos nós, que é simplesmente impossível de se imaginar. E nossa mente sai correndo na tentativa de achar algo comparável, uma referência, algo parecido, pra que ela (nossa mente) não se sinta perdida com aquela grandeza. 

E é justamente aí que somos enganados. Por nós mesmos. 

       Você saberia dizer o tamanho da "explosão*" do Big Bang?  

       Já contou até um bilhão? 

       Já viu 500 mil pessoas juntas no mesmo lugar? 

As referências nos enganam, demais. E com grandezas similares ao lado, a tendência é depreciarmos o valor de algo que desconhecemos. 

Voltando ao Big Bang, por exemplo, certa vez eu ouvi uma palestra que dizia que um relato sobre a queda do World Trade Center (em 2001) falava em "um barulho ensurdecedor junto com um forte tremor de terra, similar a uma colisão frontal de dois trens à toda velocidade". 

Por si só, o locutor já usava uma comparação pra poder explicar o barulho que ouviu. Eu duvido que ele ou qualquer um de nós já tenha ouvido o som de dois trens colidindo. Seja bem devagarinho ou à toda velocidade - muitos de nós nem tem noção do tamanho (em metros) ou do peso de um trem. Mas era o melhor que ele pôde achar, naquele momento - a comparação facilita o entendimento e cria um colchão macio de certezas, pra que a história possa ser contada. 

O problema nesta comparação é que minimiza a real potência do som, ao trazer o fato pra uma comparação menor. Um trem carregado pesa, em média, 5.000 toneladas (o que já é bem difícil de se imaginar). O WTC tinha uma massa, segundo alguns cálculos, de 500.000 toneladas. Bem diferente, e bem mais difícil de se imaginar, não? 

Com o Big Bang, é comum falar em "explosão", porque é a forma de expansão de massa mais rápida e barulhenta que conhecemos. Mas qualquer cálculo sobre o Big Bang faz virar uma piada a maior explosão que você consegue imaginar. Quando você ouve falar em "explosão", já consegue até fazer uma imagem mental, de um espaço todo preto, com uma bolinha incandescente no centro. E, de repente, um "boom", junto com uma forte luz, e pedaços voando para todos os lados, com fogo e fumaça. Não é? 

E um bilhão? Sabe quanto é? 

Infelizmente, é comum ouvirmos falar de escândalos de corrupção envolvendo esta palavra: "bilhão". Ou em empresas vendidas e compradas por cifras que envolvem essa palavra, ou, muitas vezes, várias delas (enquanto eu escrevo isso o Facebook vale mais de US$300 bilhões). 

E veja só como nossa mente nos prega peças, quando não conseguimos medir o valor real de um número: 

Quando ouvimos que "fulano do partido A desviou 20 bilhões", as vezes também ouvimos "mas fulano do partido B desviou 200 milhões". Já ouviu isso? Parece que as grandezas são similares, não parece?

Outro exemplo: pra quem vai comprar o primeiro carro, mil reais é bastante dinheiro. E muitas vezes você faz a opção entre um ou outro carro por causa de um ou dois mil reais de diferença. Dois carros similares, um por 25 e outro por 27 mil. Qual você compraria? 

Mas se estivermos falando de carros na faixa acima de 100 mil reais, essa diferença é difícil de ser percebida. Se o carro A custa 100 mil, e o carro B custa 115 mil, a tendência é que você ache que os dois tenham "quase o mesmo preço", mesmo estando falando de quinze mil reais de diferença. Tudo fica relativo. 

Mas voltamos ao bilhão. Pra você ter uma ideia do que é um bilhão (só um), matematicamente, conte até mil. 

Vai levar um bom tempinho, não é? 

No começo, pra contar até cem, conseguimos pronunciar mais de um número por segundo. Quando chegamos em número mais extensos, do tipo "novecentos e cinquenta e nove", a tendência é que levemos mais de um segundo pra pronunciar cada um deles. 

Pra efeito de cálculo, vamos dizer que você consiga pronunciar um número por segundo, ok? Mesmo que seja 33.975.799.584 (tente pronunciar e veja o tempo que leva). 

Ok. Vamos aos cálculos: falando um número por segundo, você vai levar 999.999.999 segundos pra chegar à contagem de 1 bilhão (isso porque a contagem só começa a valer quando você fala o número 1). Fazendo a conversão, eu te desafio a fazer esta contagem: seguindo a média de um número por segundo (que é bem difícil), e se você não parar por nenhum segundo, vai levar: 

31 anos, 251 dias, 7 horas, 46 minutos e 40 segundos (melhor começar já). 

Não dá nem pra imaginar alguém contando por 31 anos seguidos, não é? Provavelmente você, que está lendo isso, nem tem ainda 31 anos de vida. 

Se levarmos para uma grandeza monetária, você consegue imaginar? Com 1 bilhão de reais, você pode retirar 1% dele ao ano (o que dá 10 milhões) e viver gastando R$833 mil reais por mês, durante 100 anos - e ainda vai sobrar troco. Dá pra sequer PENSAR em uma vida assim? 

Por fim, eu acho que discorrer sobre o último exemplo é insultar sua inteligência, não é? Você, com certeza, consegue ir atrás de informações sobre o que são 500.000 pessoas no mesmo local. Ou, esta imagem de (calculadamente) 500.000 pessoas em Moscou pode dar uma noção: 

 

Um bilhão de abraços pra você! 

 

*entre aspas porque a palavra "explosão" já é uma comparação - o Big Bang não foi, nem de perto, uma explosão